Hoje, vamos conversar sobre um tema que causa muita polêmica e curiosidade: o uso do sangue nos rituais de Umbanda. É comum ouvirmos histórias e relatos que associam o sangue a práticas ligadas às entidades Exu e Pombagira, gerando dúvidas e até mesmo receios.
Mas, meus queridos, será que essa associação faz jus à verdadeira essência da Umbanda?
É importante, primeiramente, desmistificarmos a ideia de que o sangue é um elemento central ou necessário nos trabalhos espirituais da Umbanda. A Umbanda, como religião que preza pela caridade, pelo amor e pelo respeito à vida em todas as suas formas, não faz uso de sacrifícios de animais ou de qualquer prática que envolva crueldade e sofrimento.
A Umbanda busca a harmonia entre o mundo material e o espiritual, e o sangue, como símbolo de vida, é visto como sagrado e não deve ser utilizado de forma desrespeitosa.
É verdade que, em alguns casos isolados ou em práticas que se distanciam da pureza da Umbanda, o sangue possa ser mencionado ou até mesmo utilizado. No entanto, é fundamental compreendermos que essas práticas não representam a religião em sua essência, mas sim desvios e influências de outras matrizes religiosas que não compartilham dos mesmos princípios da Umbanda.
A Umbanda não é uma religião fechada, ao contrário, está em constante movimento e transformação, absorvendo e sincretizando elementos de diversas culturas. É justamente essa riqueza e complexidade que exigem de nós um olhar crítico e discernimento para compreender sua verdadeira essência.
Se você se depara com situações que vão de encontro aos seus princípios e à ética da Umbanda, não hesite em questionar, pesquisar e buscar orientação com pessoas experientes e de confiança.
Lembre-se: a Umbanda é luz, é amor, é caridade! E é na prática desses valores que encontraremos o verdadeiro caminho da evolução espiritual.